Candidatos à Prefeitura de Porto Alegre lamentam e cobram punição por assassinato de João Alberto 63d57

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Sebastião Melo (MDB) e Manuela D’Ávila (PCdoB) se manifestaram nas redes sociais sobre morte de homem negro por seguranças no Carrefour

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2020 15h20 - Atualizado em 20/11/2020 15h44
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Montagem/Reprodução Manuela D'Ávila e Sebastião Melo vão disputar o segundo turno em Porto Alegre Manuela D'Ávila (PCdoB) e Sebastião Melo (MDB) disputam comando da Prefeitura de Porto Alegre

Os dois candidatos à Prefeitura de Porto Alegre se manifestaram nas redes sociais sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, por dois seguranças do supermercado Carrefour. O crime ocorreu na noite desta quinta-feira, 19, enquanto os dois participavam de um debate. O vencedor do primeiro turno, Sebastião Melo (MDB), rotulou como “absurdo” o crime e cobrou “medidas rigorosas”. O deputado estadual também afirmou que toda a sua agenda desta sexta-feira, 20, está suspensa em luto pela morte de João Alberto. “Aproveitamos para reforçar o nosso pedido por justiça e oferecer todo o nosso carinho à família e amigos”, escreveu no Twitter.

Manuela D’Ávila (PCdoB) também usou a rede social para lamentar o ocorrido e cobrar medidas das autoridades. “O racismo que estrutura as relações de nossa sociedade precisa ser enfrentado de frente. As mulheres e homens brancos precisam assumir a sua responsabilidade na luta antirracista. Quantos Betos? Qual pessoa branca você viu ser vítima dessa violência??”, publicou a candidata, que também participou de atos em protesto ao assassinato. Também pelo Twitter, o atual prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior (PSDB), afirmou que não é possível aceitar esse tipo de violência. “Meus sentimentos à família e amigos do João Alberto Freitas. Neste Dia da Consciência Negra, em que deveríamos celebrar o povo negro e refletir sobre igualdade e respeito, infelizmente acordamos com esta notícia lastimável. Não podemos aceitar este tipo de violência”, escreveu.

As imagens que mostram João Alberto sendo assassinado causaram revolta e manifestações nas redes sociais nesta sexta-feira, 20. O homem morreu após ser espancado nas dependências do supermercado Carrefour, no bairro o D’Areia, na zona norte de Porto Alegre. João teria se envolvido em uma discussão com uma funcionária do caixa e dois seguranças foram acionados. Segundo a Brigada Militar, o homem negro foi levado para o estacionamento e espancado. Os dois envolvidos foram presos pela Brigada Militar — um dos suspeitos é PM temporário. Em nota, a corporação afirmou que o PM “não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades istrativas e videomonitoramento”, mas sua conduta será igualmente avaliada “com todos os rigores da lei”. Ainda durante a madrugada desta sexta-feira, 19, o Carrefour publicou uma nota e classificou o assassinato como “brutal” e afirmou que o responsável pelo comando da loja será demitido.

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