Estado e Prefeitura anunciam pacote de investimento em Paraisópolis 7112k

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2019 20h01
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HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO Vista de uma favela e ao lado prédios de luxo Vista aérea da favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.

Três semanas após a ação policial que deixou nove mortos em um baile funk na Zona Sul, o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo anunciaram nesta sexta-feira (20) uma série de 38 ações nas favelas de Paraisópolis e Heliópolis, com investimento previsto de R$ 250 milhões em 2020. O pacote, no entanto, deixa de fora a criação da Subprefeitura de Paraisópolis, uma das principais reivindicações dos moradores.

Chamado de Projeto Comunidade, a iniciativa prevê ações nas áreas como saúde, educação, infraestrutura e lazer. Entre os investimentos prometidos estão a canalização do Córrego do Antonico, a implantação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPs), construção de três novas creches e uma pré-escola, além de mutirão para preencher 1,6 mil vagas de emprego em Paraisópolis.

O governador João Doria (PSDB) afirma que os investimentos seriam em resposta à tragédia no baile funk. “O projeto foi desenhado em função do episódio de Paraisópolis. Clara e objetivamente, esse é o fato”, diz. “É uma resposta do governo aos anseios da sociedade civil e é uma resposta também ao tema que nos sensibilizou – a mim, em especial, como governador de São Paulo.”

Segundo Doria, o projeto também deve ser implantado em outras comunidades da capital e da Grande São Paulo no futuro. O cronograma da ampliação não foi divulgado.

Uma das principais demandas, a criação de uma subprefeitura específica para atender os moradores de Paraisópolis e do Morumbi não foi contemplada pelo programa. Atualmente, a comunidade está dividida entre duas subprefeituras, já que o distrito da Vila Andrade, onde está a maior parte da comunidade, pertence à Subprefeitura do Campo Limpo, enquanto o distrito do Morumbi, à Subprefeitura do Butantã.

O secretário municipal de governo, Mauro Ricardo, da gestão Bruno Covas (PSDB), afirma que a proposta foi negada. “A prefeitura avaliou e considerou que não deve ser implantada”, diz. “Se as soluções dos problemas fosse criar estruturas istrativas seria muito fácil.”

“Recebemos 58 pedidos da comunidade e a gente está entregando 38 ações, muitas delas agrupando mais de um pedido”, diz a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. Segundo afirma, demandas que não foram contempladas estariam em fase de estudo de viabilidade.

Comunidade quer polícia presente, diz Doria 4r4x1n

No evento sobre o projeto, Doria também defendeu a atuação da Polícia Militar em comunidades de São Paulo e disse que a tragédia no pancadão ainda é alvo de investigação. “A polícia não é repressora e não é violenta”, afirmou. “Nós avaliamos que o sentimento da comunidade é para que a polícia esteja presente ”

“A maioria expressiva é de pessoas de bem, pessoas pacíficas, que querem viver as suas vidas: trabalhar, produzir, viver em paz e ter harmonia”, disse. “Não são pessoas que consomem pancadão, que vão ao pancadão, que consomem drogas ou que exageram nas suas manifestações.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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