Moradores da Favela do Moinho fazem novo protesto, bloqueiam linhas de trem e entram em confronto com a polícia 676f2w

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Manifestação começou na segunda-feira (12) após operação da CDHU para demolição de casas desocupadas; PM usou bombas de efeito moral, balas de borracha e escudos para liberar os trilhos

  • Por da Redação
  • 13/05/2025 14h50 - Atualizado em 13/05/2025 17h12
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RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Moradores da Favela da Moinho, na região central de São Paulo, realizam um novo protesto no início da tarde desta terça-feira Moradores da Favela da Moinho, na região central de São Paulo, realizam um novo protesto

As ações de demolição de casas na Favela do Moinho, no centro de São Paulo, provocaram novos protestos e interdições em linhas de trem nesta terça-feira (13). A operação, coordenada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), contou com apoio da Polícia Militar e gerou confronto com moradores. Por volta das 11h, a CDHU iniciou a derrubada de casas desocupadas com escolta do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep). Durante o avanço das equipes, manifestantes contrários às remoções bloquearam linhas da TM com entulhos e atearam fogo em pneus e madeira.

A polícia interveio com bombas de efeito moral, balas de borracha e escudos para liberar os trilhos da Linha 7-Rubi, interrompendo a circulação de trens por mais de uma hora. Um morador foi atingido por bala de borracha na perna. Os protestos voltaram a se intensificar no início da tarde. Moradores expulsaram funcionários da CDHU da comunidade, e uma nova queima de entulhos interrompeu, por volta das 13h, a operação da Linha 8-Diamante, da ViaMobilidade, entre as estações Júlio Prestes e Palmeiras-Barra Funda.

Na segunda-feira (12), dia do início das demolições, houve outra onda de manifestações que paralisou quatro linhas de trens (8-Diamante, 7-Rubi, 10-Turquesa e 13-Jade). Os manifestantes reagiram à tentativa de entrada de um trator, que acabou sendo impedido. As demolições, então, começaram de forma manual, com uso de marretas, pés de cabra e madeira reaproveitada das construções. Segundo a CDHU, desde o mês ado, 168 famílias deixaram o local de forma voluntária e foram incluídas em programas habitacionais e de auxílio-aluguel. A companhia afirma que a demolição das casas desocupadas é necessária para evitar reocupações e garantir segurança no local.

O terreno da favela pertence à União, que autorizou a retirada das casas desocupadas. A Secretaria do Patrimônio da União afirmou que considera “indispensável” a descaracterização dos imóveis vazios para evitar a expansão de áreas com risco social e estrutural. O governo federal recomendou, no entanto, que as ações sejam feitas com cuidado, para não comprometer a estrutura das casas ainda ocupadas nem impactar a rotina da comunidade.

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A gestão estadual pretende transformar o terreno em um parque. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, disse que o conflito maior seria com “proprietários que exploram os imóveis alugados na favela”, e não com os moradores, que estariam sendo acolhidos pelo governo. A atuação da Polícia Militar, segundo a CDHU, busca proteger os trabalhadores, que teriam sido ameaçados e agredidos durante os protestos. Até o momento, ao menos seis casas já foram demolidas. A operação segue em andamento, sob escolta policial.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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