Palocci fará delação premiada; advogado contrário ao acordo é afastado 4y3e66

Antônio Palocci vai negociar um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Nesta sexta-feira (12), o ex-ministro da Fazenda e Casa Civil nos Governos de Lula e Dilma, comunicou ao seu advogado de confiança, José Roberto Batochio, que não vai precisar mais de sua assistência.
A negociação da delação premiada foi acelerada após a Operação Bullish ter sido deflagrada nesta sexta-feira, conforme antecipou a colunista da Jovem Pan, Vera Magalhães. A nova descoberta pode trazer ainda mais complicações a Antônio Palocci, que é réu em dois processos em Curitiba. O ex-ministro teme que suas condenações possam ultraam os 30 anos.
O acordo entre Antônio Palocci e a força-tarefa da Operação Lava Jato, deverá ser feito pelos advogados Adriano Bretas e Tracy Reinaldeti, com quem Palocci já vinha conversando nos últimos dias.
Interesse antigo
Em abril, quando foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro na ação penal em que é réu pelo suposto recebimento de R$ 128 milhões em propinas da empreiteira Odebrecht – parte do valor teria sido destinado ao PT, Palocci acenou claramente com a possibilidade de fazer delação, contrariando Batochio, que “por princípio” não defende clientes que fazem delação premiada.
Nos últimos meses, o criminalista travou um embate tenso com os procuradores do Ministério Público Federal e tentou junto ao Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para o ex-ministro.
Batochio defende Palocci há dez anos. Nesse período conseguiu 12 absolvições do ex-ministro, como no episódio do caseiro nildo e na investigação sobre tomate com ervilhas da merenda escolar de Ribeirão Preto, município do qual o petista foi prefeito.
Em nota, o escritório José Roberto Batochio Advogados Associados confirmou que Palocci deu início à delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. A nota destaca que Batochio deixou a defesa do ex-ministro em duas ações penais no âmbito da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, sob tutela do juiz Sérgio Moro.
*Com informações da Agência Estado
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