Conflito no leste da Ucrânia faz moradores de Debaltsevo abandonarem cidade 216561
Kiev, 29 jan (EFE).- Moradores da cidade de Debaltsevo, na Ucrânia, local estratégico e atualmente o maior foco de tensão entre separatistas e o exército de Kiev, começaram a abandonar seus lares diante da grave situação humanitária causada pelos constantes bombardeios.
Aproximadamente 100 pessoas, principalmente aposentados e famílias com crianças, se reuniram nesta quinta-feira em frente à prefeitura para serem levados em ônibus por voluntários da organização Donbass-SOS”, que realiza missões humanitárias.
Segundo vários depoimentos divulgados pela imprensa local, os fortes bombardeios prosseguem pelo décimo dia consecutivo, deixando vítimas fatais e a infraestrutura da cidade praticamente devastada.
Nestas circunstâncias, sem eletricidade, calefação e água potável, os moradores se veem obrigados a preparar comida em plena rua nos raros intervalos entre bombardeios, durante os quais se escondem nos porões de suas casas.
E a pouca ajuda humanitária que chega por estrada em meio aos disparos das partes beligerantes aparentemente está acabando.
Em Debaltsevo, importante entroncamento ferroviário e ponto estratégico por onde a uma rodovia que liga Donetsk e Lugansk, as milícias separatistas pró-Rússia concentraram cerca de 2.500 combatentes para tentar cercar as tropas ucranianas.
Segundo o boletim militar de Kiev, os insurgentes são apoiados por 35 tanques, 55 carros, mais de 50 peças de artilharia e 22 plataformas de lançamento de mísseis.
A queda de Debaltsevo em mãos das milícias permitiria aos separatistas unir forças e formar uma linha de frente contínua. Desta forma, os rebeldes conseguiriam retroceder para a situação de meados do ano ado, quando começava o conflito no leste da Ucrânia.
Segundo o comando dos separatistas, as tropas ucranianas já começaram a se retirar com grandes baixas de suas posições próximas a Debaltsevo.
Desde seu início, em abril do ano ado, o conflito armado no leste ucraniano já deixou cinco mil mortos e forçou o êxodo de centenas de milhares de pessoas. EFE
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