Trump diz que pode dar 90 dias para Tiktok encontrar comprador fora da China r5f10
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Neste sábado (18), o presidente eleito declarou que analisará cuidadosamente a questão a partir de segunda-feira e que uma ‘suspensão de 90 dias’ será ‘provavelmente decretada’

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que planeja dar ao proprietário chinês do Tiktok um prazo de 90 dias, a partir de sua posse na segunda-feira (20), para que seja encontrado um proprietário não chinês para o aplicativo de mídia social. “Se eu decidir, provavelmente será na segunda-feira”, afirmou durante uma entrevista à emissora NBC. A lei prevê a possibilidade de o presidente suspender sua entrada em vigor por três meses.
Em 2020, Trump tentou proibir o TikTok, mas agora se mostra favorável à continuidade do funcionamento do aplicativo nos Estados Unidos. O republicano discutiu sobre esse tema com o presidente chinês, Xi Jinping, em uma conversa telefônica na sexta-feira.
O presidente da rede social, Shou Chew, está entre os convidados de honra da cerimônia de posse de Trump na segunda-feira. Chew agradeceu a Trump por seu “compromisso em trabalhar” em conjunto para “encontrar uma solução”. A rede social tem realizado um intenso lobby para evitar a aplicação da norma, incluindo a anunciada participação de Chew na posse do republicano.
No entanto, o proprietário do TikTok, ByteDance, diz que provavelmente desativará os vídeos curtos extremamente populares de sua plataforma nos EUA. “Infelizmente, o TikTok será forçado a fechar em 19 de janeiro”, disse a ByteDance em comunicado na sexta-feira, referindo-se à data em que a Lei de Aplicações Controladas de Adversários Estrangeiros entrará em vigor.
A lei, que foi mantida pela Suprema Corte nesta semana, diz que a proibição acontecerá a menos que o TikTok seja vendido a um proprietário que não seja “controlado por um adversário estrangeiro” e que não seja uma ameaça à segurança nacional.
Qualquer empresa que permita que apenas um dos 170 milhões de usuários do TikTok nos EUA e seu conteúdo poderá sofrer multas que totalizam centenas de milhões de dólares. Nos termos da lei, isso inclui a controladora do aplicativo, com sede na China, bem como provedores de serviços nos EUA, como Apple, Oracle e Alphabet, controladora do Google.
A ByteDance e grupos de profissionais de marketing do TikTok buscaram garantias de última hora de que a istração democrata Biden não aplicaria o estatuto nos dias restantes antes da posse de Trump. Essas garantias não foram divulgadas, disse a ByteDance em seu comunicado de sexta-feira.
No mesmo dia, a Casa Branca disse que deixaria a aplicação do estatuto para a próxima istração. No entanto, um anúncio do Departamento de Justiça elogiou a decisão da Suprema Corte por proteger os americanos do regime autoritário da China.
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A Suprema Corte confirmou por unanimidade na sexta-feira uma lei que proibiria a rede social a partir de domingo se seus proprietários chineses não a colocassem à venda até 19 de janeiro. Em uma grande derrota para o TikTok, o tribunal superior decidiu que a lei não infringe o direito à liberdade de expressão e que o governo dos Estados Unidos mostrou que suas preocupações sobre a propriedade chinesa da plataforma são legítimas.
“Não há dúvida de que, para mais de 170 milhões de americanos, o TikTok oferece uma importante via de expressão, uma ferramenta de engajamento e uma maneira de construir uma comunidade”, disseram os juízes em sua decisão.
“Mas o Congresso determinou que a cessão (da propriedade) é necessária para abordar suas preocupações bem fundamentadas de segurança nacional em relação às práticas de coleta de dados do TikTok e sua relação com um adversário estrangeiro”, concluíram.
Com essa decisão, a data para a entrada em vigor da proibição continua sendo domingo (19), embora legisladores e autoridades de todo o espectro político tenham pedido alguma forma de adiamento. A lei em questão foi concebida como uma resposta à crença generalizada em Washington de que o TikTok está sendo usado pela China para fins de espionagem ou propaganda.
*Com informações do Estadão Conteúdo e AFP
Publicado por Carolina Ferreira
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