Três anos da morte de Marielle: Acordo entre Justiça e Facebook pode ajudar na investigação do caso 5a57y

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Rede social fecha parceria com o Ministério Público do Rio e promete fornecer dados que podem levar aos mandantes do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes

  • Por Giullia Chechia Mazza
  • 14/03/2021 13h30 - Atualizado em 14/03/2021 13h31
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Imagem: Reprodução/Instagram: @marielle_franco Marielle Franco A vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados a tiros em emboscada no Rio de Janeiro

Há três anos, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes eram executados no Rio de Janeiro. Desde então, mesmo com enorme pressão da sociedade civil, o crime não foi completamente elucidado. Não se sabe o que motivou nem quem foi o mandante dos assassinatos, cometidos pelo policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, como apontam as investigações. Neste mês, o inquérito do caso ganha novos contornos ao debruçar-se sobre as redes sociais. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) firmou, na sexta-feira, 12, um acordo judicial com o Facebook para ar dados que poderão ajudar a localizar quem mandou matar Marielle. Apesar de ter se recusado a colaborar inicialmente, a iniciativa de firmar este acordo partiu da própria rede social, que disponibilizará pela primeira vez seus dados para a investigação. À Jovem Pan, a plataforma confirmou a parceria, alegando que “respeita a Justiça brasileira”. Segundo o MPRJ, a Justiça já havia decretado o compromisso do Facebook de compartilhar os dados necessários para apuração do crime. No entanto, a rede social descumpriu a primeira decisão judicial. Devido à quebra do acordo, a 4ª Vara da Comarca da Capital instituiu a multa de R$ 5 milhões à companhia Mark Zuckerberg.

A promotora de Justiça Simone Sibilio, coordenadora da força-tarefa que investiga os assassinatos, lamentou a demora do Facebook para fornecer os dados. Ela avalia que o longo período de tempo sem o aos dados pode ter causado prejuízos à apuração do caso. Além disso, a promotora afirmou que, apesar da parceria representar um avanço nas investigações, “não se pode afirmar com certeza que os mandantes do crime serão encontrados”.

Um milhão de s em 46 países 2sh15

Na próxima semana, Sibilio se reunirá com familiares de Marielle e Anderson para falar sobre o andamento do inquérito. Com 1.050.842 s coletadas em 46 países, uma petição que exige justiça foi entregue pela organização Anistia Internacional ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta sexta-feira, 12. Além disso, ando por locais relacionados ao crime, como o cruzamento em que ocorreu o assassinato e a sede do governo fluminense, um caminhão espalhou a mensagem: “Três anos é muito tempo sem respostas”. A vereadora e o motorista Anderson Gomes morreram às 21h30 de 14 de março de 2018, vítimas de uma emboscada no bairro do Estácio, no centro-norte do Rio. Além dos dois, a única sobrevivente, Fernanda Gonçalves Chaves, assessora de Marielle, também estava no veículo. Naquela noite, Marielle participou de um debate com jovens negras na Casa das Pretas, na Lapa. Quando retornava, o carro em que estava foi alvejado por 13 disparos. Três deles atingiram as costas de Anderson, outros três acertaram a cabeça da vereadora e uma o pescoço dela.

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