‘Bolsonaro se aproximou de ministros do STF para proteger a família’, diz senador Major Olímpio 61e2r

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Senador Major Olimpio foi entrevistado no programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 12, e comentou a relação do presidente com os ministros da Suprema Corte

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2020 19h21 - Atualizado em 12/10/2020 19h33
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Imagem: Arquivo Pessoal Jovem Pan Senador Major Olímpio afirma que não se considera traidor do governo

O movimento de aproximação entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF), intensificado nos últimos meses, tem gerado polêmica entre os apoiadores e opositores do governo. No início do mês, em 3 de outubro, uma foto de um abraço entre Jair Bolsonaro e Dias Toffoli, registrada durante um jantar oferecido pelo ministro a autoridades políticas, viralizou nas redes sociais e causou forte impacto na base aliada de Bolsonaro. Presidente do Supremo até setembro, Toffoli foi responsável por autorizar a abertura do inquérito das fake news no último ano, que realizou investigações, quebras de sigilo e, até mesmo, prisões de aliados de Bolsonaro.

Em entrevista ao programa 3 em 1, da Jovem Pan, o senador Major Olímpio (PSL) opinou sobre a aproximação de Jair Bolsonaro com o STF lembrando do episódio que o fez romper com a base aliada do governo federal. “Tenho certeza de que o presidente me pediu para que eu retirasse minha do requerimento da I da Lava Toga devido a questões pessoais, além disso, ele também pediu que eu saísse do grupo ‘Muda Senado’ e interrompesse o pedido de impeachment que eu havia protocolado contra Toffoli.” A criação, aventada por parlamentares no ano ado, de uma comissão parlamentar de inquérito com o objetivo de investigar possíveis irregularidades na atuação de tribunais superiores, intitulada I da Lava Toga, dependia do apoio de, ao menos, 27 parlamentares da Casa, além do aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

“Quando discordei do presidente e não quis tirar meu nome do requerimento, me tornei o pior inimigo do governo, o traíra. Mas não me vejo assim, porque permaneci com a Constituição, com os nossos princípios. Eu acreditava que a gente ia mudar o país, no entanto, quando ele me fez esse pedido desacreditei porque pensei que fosse para proteger um dos seus filhos. Hoje, tenho a convicção de que o pedido foi realizado em prol da proteção de toda a sua família, inclusive da proteção dele mesmo. Naquela época eu achava que o Queiroz era um sujeito que tinha enganado o filho de um amigo, um jovem deputado estadual, mas atualmente sei que o Queiroz era o gerente financeiro de uma holding familiar”, afirma. Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), é investigado por participação em um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e chegou a ser preso na casa do ex-advogado da família Bolsonaro, localizada em Atibaia, interior de São Paulo.

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