Câmara rejeita videoconferências, mas deve incluir ‘juiz de garantias’ em pacote de Moro 65652z

O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que analisa o pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, rejeitou um dos pontos da matéria: o uso de videoconferências para interrogar presos. O objetivo da mudança era reduzir custos com combustível e escolta e diminuir riscos durante o deslocamento do preso para o local onde ele vai ser interrogado.
A maioria dos parlamentares que compõe o grupo votou por retirar o ponto do texto. O deputado Fábio Trad (PSD-MS) defende que a videoconferência prejudica o amplo direito de defesa do acusado. “O direto a defesa não pode ser combatido com argumentos instrumentais. O direito de defesa é essência, é substância, não pode ser contestado por razões de dificuldades econômico-financeiras do Estado brasileiro”, disse.
Atualmente, a Constituição prevê o interrogatório por videoconferência, mas apenas em casos excepcionais, como riscos de fuga do réu durante o deslocamento ou quando o depoimento for uma questão de ordem pública gravíssima. Uma emenda aprovada pelo grupo também impõe a prática quando houver custos excessivos no transporte.
O relator do pacote anticrime, deputado Capitão Augusto (PL), ficou bastante insatisfeito com a votação. “Enquanto você está escoltando um preso pertencente à facções criminosas é óbvio que ele pode ser arrebatado a qualquer momento. Todos que estão ali, em local público, estão correndo risco. Um trabalho sem tamanho para falar que a questão presencial vai atrapalhar a defesa do preso">
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