Evolução clínica de crianças com deficiência fica comprometida pela pandemia 433x6r

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Segundo a pediatra Ana Cláudia Brandão os impactos, no entanto, variaram de acordo com a necessidade de cada família

  • Por Jovem Pan
  • 09/09/2020 07h37 - Atualizado em 09/09/2020 08h46
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Pixabay Com o retorno parcial dos atendimentos presenciais no início do mês de julho, 800 dos mais de 1800 pacientes da AACD puderam retomar os tratamentos

A cada o uma comemoração. Por trás de cada exercício está a mãe, a coordenadora de RH, Amanda Gomes. E o que parece uma brincadeira no quintal de casa para o Diego de 5 anos, ajuda o pequeno que nasceu com paralisia cerebral, a ter uma melhor qualidade de vida. Com a rotina semanal de exercícios suspensa durante a quarentena, além das atividades online, a família teve que improvisar para não prejudicar o tratamento. “Meu pai teve a ideia de fazer a barra paralela para que a gente fizesse os exercícios em casa, eles têm que fazer os exercícios constantemente, isso não pode ser interrompido. Tudo que eles ganham acabam perdendo se não fizerem os alongamentos”, explica a mãe. As atividades do Diego fazem parte dos tratamentos monitorados pelos profissionais da AACD, entidade que ajuda na reabilitação de pessoas com deficiência física, que precisou suspender terapias e tratamentos para conter o avanço da Covid-19. Daniella Neves, diretora médica da instituição, explica que, com a quarentena, só casos de emergência eram atendidos. “A AACD não fechou, ela interrompeu de forma bastante intensa a questão dos atendimentos, principalmente os eletivos, mas manteve uma pequena estrutura para dar e aos pacientes mais críticos, tanto no ambulatório quanto no hospital, afirma.

Com o retorno parcial dos atendimentos presenciais no início do mês de julho, 800 dos mais de 1800 pacientes da instituição puderam retomar os tratamentos. No entanto, o índice de desistência foi alto. Cerca de 30% deles não retornaram para a instituição. Em muitos casos, a opção foi manter o tratamento à distância. Essa foi a alternativa na casa do Arthur, de três aninhos, que tem síndrome de down. A mãe, Débora Lopes, diz que a nova rotina é um desafio. “Foi bem difícil porque gente trabalha, continuamos com as escolas fazendo aula online, istrando as aulas das crianças e ainda incluímos as sessões de fisioterapia e fono na nossa rotina. Então foi bem complicado, mas no final acabou dando certo”, afirma. Segundo a pediatra, Ana Cláudia Brandão, do Hospital Albert Einstein, os impactos variaram de acordo com a necessidade de cada família. E muitas se ajudam compartilhando atividades. “As famílias conseguiram, na maioria das vezes, se reorganizar para ter esta continuidade e mesmo famílias que não puderam ter o ao serviço online, conseguiram trocar entre famílias de crianças com deficiência algumas atividades que poderiam ser benéficas pros seus filho, né”,diz. Ainda de acordo com a médica, o período de isolamento foi essencial para pais e responsáveis conhecerem melhor as necessidades de cada criança.

*Com informações da repórter Hanna Beltrão

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