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Para Dedé, inclusão do “politicamente correto” foi a maior dificuldade no novo Os Trapalhões 3l4m6c
Por
Jovem Pan
16/03/2018 14h20
Johnny Drum/Jovem PanComediante esteve no programa ao lado do companheiro de peça Fioravante Almeida
Uma das esquetes mais populares do antigo Os Trapalhões jamais seria exibida nos dias de hoje na televisão. Trata-se de uma cena dos humoristas em uma oficina mecânica. Em determinado momento, Dedé pergunta a Zacarias onde está o macaco (o utensílio, no caso). “O macaco está aí">
“Tinha sido ideia do próprio Mussum! Ele que me pediu para perguntar aquilo. Era coisa de palhaço de circo. A gente fazia aquelas coisas. Éramos assim. Esses meninos novos tiveram dificuldades por conta disso. Mas conseguiram, são ótimos”, contou. “O pessoal que critica (o remake) não entendeu a intenção. Quando a Globo fez 50 anos, fizeram uma grande homenagem a nós. Subimos ao palco no especial e estava todo o elenco aos prantos. Aquilo emocionou. Ficamos tão emocionados que não conseguíamos nem falar. A intenção da emissora não é substituir Os Trapalhões. É homenagear. Me sinto honrado”, completou.
O humorista poderá ser visto a partir desta sexta-feira (16) com o espetáculo Palhaços no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCSP) de São Paulo. A direção é de Alexandre Borges, ator que também esteve no programa na semana ada para falar sobre o projeto. Esse é o primeiro trabalho dramático de grande escala de sua carreira, motivo pelo qual, mesmo veterano nas telinhas, voltou a se sentir como um novato no palco.
“O Alexandre é excelente pessoa. Quando recebi o convite para fazer a peça, falei ‘caramba, quero fazer’. Queria relembrar meu tempo no circo. Sou a oitava geração circense da minha família. Dei minha palavra que aceitava e ele me mandou o texto. Tremi na base! Meu Deus do céu. Não era o que eu pensava. O texto mostrava o outro lado do palhaço. As lágrimas do palhaço. Fiz leitura, ensaio. E perguntei a ele: ‘acha mesmo que posso fazer esse papel?’. Ele disse que sim. Acreditei. Não acho que estou tão bem, vou melhorar”, afirmou.
Durante sua participação, Dedé relembrou ainda algumas histórias memoráveis que ou ao lado dos companheiros Trapalhões. Contou, por exemplo, que conheceu Mussum graças a Jair Rodrigues, que tinha uma relação de profunda gratidão por Beto Carreiro e que sempre considerou Zacarias o melhor ator do quarteto. Ressaltou, por fim, que ele e Renato Aragão tinham brigas homéricas no processo de produção dos programas, mas garantiu que, diferente do que se fala na mídia, essas discussões eram unicamente profissionais e nunca chegaram na esfera pessoal.
“Esse negócio de briga que a imprensa sempre fala me deixa chateado. Nós brigávamos muito mesmo. No filme A Filha dos Trapalhões tivemos brigas terríveis. Ele achava que devia ser de um jeito, eu dizia que o diretor era eu e mandava fazer outra. Era terrível. Mas só ficava ali. Quando pensavam que a gente estava brigado, estávamos tranquilos gravando em Portugal. Foi em 1994 ou 1995. Achavam que a gente tinha separado. Sou mais que amigo, sou irador dele. Começamos juntos. amos fome juntos. Fomos mandados embora de televisão juntos. Penamos um bocado”, revelou.
Basta fazer uma rápida busca na internet para entender de onde vem a chateação do humorista. Diversas notícias falsas pontuam uma suposta inimizade entre eles por conta da alta demanda de trabalhos para Didi e da baixa procura por Dedé. O que não é verdade. O que aconteceu, em suas palavras, é que Renato soube istrar sua carreira e conseguiu garantir um futuro tranquilo para a família, enquanto ele pecou nesse quesito. “Eu poderia ser milionário, mas não soube. O Renato soube e é milionário. Mas adoro que ele é rico. É uma segurança para mim. Se eu tiver qualquer problema, corro lá e ele resolve”, concluiu.
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