Bill Clinton critica decisão da Suprema Corte dos EUA que reverte legalização do aborto 3u586
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‘Decisão coloca o partidarismo à frente do precedente, da ideologia e evidência o poder de uma pequena minoria’, escreveu o ex-presidente norte-americano

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, usou sua conta no Twitter para criticar a decisão da Suprema Corte de reverter a legalização do aborto. “É errado nos méritos, errado para as mulheres e sua capacidade de tomar sua própria decisão de saúde”, escreveu e acrescentou que a reversão impacta no futuro do país. “Esta decisão coloca o partidarismo à frente do precedente, da ideologia à frente da evidência e o poder de uma pequena minoria à frente da vontade clara do povo”, declarou Clinton.
A partir de agora, mulheres que queiram abortar vão precisar se deslocar para outros destinos em que é legalizado, o que restringe a prática para um determinado grupo da sociedade, pois vai afetar desproporcionalmente mulheres de minorias que já enfrentam o limitado aos cuidados de saúde, de acordo com estatísticas analisadas pela agência Associated Press. Assim como disse o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante pronunciamento realizado nesta sexta-feira, 24, Clinton pediu para que os eleitores escolham candidatos que deem voz as suas palavras. “Devemos votar em todas as eleições para líderes que defendam nossos direitos e liberdades estimados” e “confirmem juízes que colocarão seu dever de defender a Constituição à frente de sua ideologia, partidarismo e obsessão por controle”.
My statement on Dobbs v. Jackson Women’s Health Organization. pic.twitter.com/YqIWpMr5ok
— Bill Clinton (@BillClinton) June 24, 2022
A Suprema Corte dos EUA reverteu a legalização do aborto, permissão que estava e vigor desde 1973 e foi garantida pela decisão Roe vs. Wade, mas que nunca havia sido aceita pela direita religiosa. “A Constituição não faz nenhuma referência ao aborto e nenhum de seus artigos protege implicitamente esse direito”, escreveu o juiz Samuel Alito, em nome da maioria. Neste contexto, Roe vs. Wade “deve ser anulado”, apontou. A votação foi de 6 a 3, contudo, a decisão não torna a interrupção da gravidez ilegal, mas permite que os Estados decidam de são a favor do aborto ou não.
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